terça-feira, janeiro 30, 2007

A Broa da D. Virgínia

Desde que estou morando em Minas, aprendi a apreciar um monte de comidas típicas. Uma delas foi a broa, um bolo feito com fubá de milho. A receita que se tornou habitué aqui em casa me foi apresentada pela mãe de uma amiga, que é uma cozinheira de mãos cheias. Tudo o que ela faz fica maravilhoso, e, por maior resistência que eu tivesse ao tal fubá de milho, fui obrigada a me render à deliciosa broa que ela faz com esse ingrediente. Agora, quando minha mãe vem me visitar, não pode faltar a Broa da D. Virgínia no cardápido de jeito nenhum.

Na receita original, D. Virgínia bate ovos, leite, açúcar, óleo e manteiga no liquidificador. Em seguida, verte essa mistura liquefeita sobre a farinha de trigo e o fubá, previamente peneirados numa vasilha funda. Neste ponto da receita, pode fazer como nos orienta nossa amiga Dadi e se dedicar a bater bolinho pra valer, para que todos os ingredientes fiquem bem integrados. Só então acrescente o queijo parmesão e misture tudinho. Caso use a farinha sem fermento, como eu faço, essa é a hora para acrescentá-lo e misturar bem ao restante da massa. Coloque numa fôrma untada e enfarinhada e leve ao forno pré-aquecido. Quando estiver cheirando bem e corada, estará pronta.

Em geral, faço exatamente como ela me ensinou, mas sou obrigada a confessar que dessa última vez, experimentei usar a batedeira, pois estava assim meio que apressada para que a broa fosse para a mesa ainda na hora do café da manhã. Bati todos os ingredientes na batedeira, como um bolo normal, e deu muito certo também. Tão certo que só consegui fotografar a broa antes de ser cortada, porque depois que o foi não restou uma fatia sequer para figurar aqui no blog.

Broa de Fubá
(D. Virgínia)

3 ovos
1 copo de leite
2 copos de açúcar
1 copo de óleo
2 colheres de sopa de margarina
2 copos de farinha de trigo com fermento
1 copo de fubá da roça*
2 a 3 colheres de sopa de queijo parmesão ralado

  • Bater os ovos, o leite, o açúcar, o óleo e a margarina no liquidificador.
  • Colocar os ingredientes batidos numa vasilha funda e juntar a farinha de trigo e o fubá peneirados. Misturar bem.
  • Por último, juntar o queijo parmesão ralado.
  • Levar ao forno, em fôrma untada e enfarinhada.
  • Quando estiver cheirando bem e corada, está pronta.
*Fubá da roça é um fubá mais grosso que os centrifugados.
*Se a farinha de trigo não tiver fermento, acrescentar 1 colher de sopa à receita
*Pode-se fazer em fôrma de canudo ou em tabuleiro.


EM TEMPO 1:
*Gente, parece que o novo blogger está com algum bug nos comentários. Assim sendo, peço que todos assinem seus nomes no comment, mesmo as que usam o editor do blogger, ok?
*No post anterior, as duas últimas pessoas que comentaram constam como anônimas devido a esse bug. Gostaria muito de saber quem foram. Brigadinha, tá?

EM TEMPO 2:
*Um depoimento de uma amiga que provou a broa da D. Virgínia. Impossível não trazer pra cá:
Marcia Aguiar disse...

Vou dar meu parecer de comensal: a broa da D. Virgínia da Ana é MARAVILHOSA! Tenho cacife para avaliar, pois como broa desde pequenina, já que, apesar de carioca, venho de família 100% mineira. Assim que experimentei percebi que era diferente das tradicionais, mas deliciosa. Se Ana não me houvesse dito que tinha queijo parmesão no meio, jamais descobriria o segredo. Comi e regalei-me! :o)

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quinta-feira, janeiro 25, 2007

Pessoas Queridas, Alimento pro Coração

O livro, Papel Manteiga, que há tempos eu namorava, dado pela Mama.

Esses dias estou com visitas em casa: minha mãe e minha comadre, pessoas queridas que me trazem só coisas boas e me inspiram a fazer comidinhas gostosas. Quando puder, venho colocar o que tenho aprontado na cozinha. Por hora deixo aqui dois presentes que elas me trouxeram e que eu ameiiiiiii!

E uma linda caneca dada pela comadre que, como eu, ama os cães.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Outro bolo, agora salgado

Bolo de RepolhoCostumo dizer que sou boa de boca, boa até demais! Como de um tudo e não me recuso a experimentar novos paladares. Tenho minhas preferências, claro, e, entre as hortaliças, o repolho tem seu lugar de destaque. Embora muitas pessoas não se dêem muito bem com este alimento, eu, particularmente, não sinto nada de anormal quando o consumo, e foi com muita satisfação que li no site do Dr. Drauzio Varella que o repolho, embora figure na lista dos vegetais acusados de aumentar a produção dos gases, tem seu consumo recomendado pela Sociedade Americana de Câncer. É sempre bom unir o saudável ao apetitoso.

A receita que experimentei outro dia é de um bolo de repolho, muito simples, fácil e rápido de fazer. E, claro, fica uma delííícia!! Como eu dificilmente sigo uma receita à risca, pois nem sempre tenho tudo o que ela pede em casa, nessa não coloquei nem a azeitona, nem o pimentão, pois não figuravam na minha geladeira nesse dia. Ainda assim o resultado ficou ótimo, e o paladar não foi, a meu ver, prejudicado em nada. Também não bati usei a batedeira, como manda na receita, pois achei absolutamente desnecessário. Foi na mãozona mesmo. Outra coisa, abaixo deixo a receita original, mas a foto que vocês vêem é para uma quantidade menor de ingredientes, só que, como fiz no olho, não sei precisar exatamente. Prometo prestar atenção nessas coisas de uma próxima vez. Sabe como é, ser dona de blog de culinária ainda é uma novidade pra mim. :0)

Bolo de Repolho

4 ovos
½ copo de óleo
100 gr. de parmesão ralado
1 colher de sobremesa de fermento em pó
1 cebola picada
1 prato de sopa bem cheio de repolho picado fininho e ligeiramente aferventado
1 ½ copo americano de farinha de trigo
2 tomates picados sem pele e sem semente
50 gr. de azeitonas picadas
1 pimentão picadinho.


Bata os ovos ligeiramente, acrescente o óleo, o queijo, a farinha de trigo peneirada com o fermento,
desligue a batedeira, experimente o sal e coloque o repolho e os temperos. Leve ao forno em tabuleiro untado com manteiga e farinha de rosca e asse por aproximadamente 30 minutos.

Variantes: 1 - substitua o queijo por um pacote de creme de cebola 2 – cubra a mistura com um refogado de carne moída, atum, frango desfiado, molho de camarão ou bacalhau desfiado.

Uma última coisinha: ainda fico meio enrolada pra escolher que foto colocar aqui, porque tiro várias fotos sempre enquanto estou fazendo a receita, por isso, quem quiser ver outras fotos vai aqui.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Um bolo à espera de um nome...

Bom, então vamos tratar de começar, não é? E as que esperam por uma receita novidade não fiquem zangadas, em breve elas virão, mas não hoje, porque queria muito colocar aqui minha tentativa de reproduzir a receita do maravilhoso Bolo de Laranja da Vó Nair, da Dadi.

Minha família é absolutamente boleira. Todos amam comer, e três das minhas filhotas já põem a mão na massa literalmente, fazendo ótimos bolos e outros quitutes. Assim sendo, meti-me a "gata mestre" e me arrisquei a fazer, não sem muito receio e respeito - e quem conhece a Dadi, a nº 1 em bater bolinhos, sabe que é preciso tudo isso mesmo - para não cometer nenhuma heresia na hora da confecção dessa delicada iguaria.

Fiz o bolo numa fôrma de bolo inglês (adquirida pra fazer o Meatloaf da Cinara, que vi no Quiche de Macaxeira, da Luna...bem, mas isso fica pra outro post), e o que sobrou da massa assei em forminhas de muffins, como a Dadi tinha me aconselhado e que veio bem a calhar, pois o bolo maior era para fazer presente a uma amiga muito querida, e, assim, ainda pude deixar os bolinhos pequenos para a família.

O bolo ficou delicioso, fofinho e molhadinho e foi um sucesso. O maridão aprovou, as filhotas amaram - e já me intimaram a fazer um grande pra elas - e a amiga a quem presenteei adorou também e pediu a receita.

Aqui é hora de uma confissão: apesar de ter dado tudo certo, e o bolo ter ficado uma delícia, não posso dar a ele o nome de Bolo de Laranja da Vó Nair, uma vez que não tive muque pra bater ele todo à mão, como exigia a receita. O restante das instruções foram seguidas à risca, mas preciso admitir que tive a ajuda da bateira. Quem ler a receita original desse lindo e delicado bolinho - e isso é obrigatório para quem aprecia uma excelente literatura gastronômica - vai entender do que estou falando.

Dadi, minha linda, mil perdões, tá? Mas pode deixar que vou me exercitar e espero, em breve, poder dizer que fiz realmente o bolo da vó Nair. Por ora, essa humilde aprendiz aceita sugestões para o nome do bolo de laranja feito por ela.

quarta-feira, janeiro 17, 2007

...um pequeno esclarecimento...

Sempre tive uma queda pela cozinha. Posso dizer que são mesmo da mais tenra idade minhas primeiras incursões por esse delicioso terreno dos sabores e paladares. Lembro-me de já em pequena - apesar das broncas de minha mãe - rondar as empregadas de minha casa para aprender a fazer as coisas de que gostava. Também em menina veio o meu amor pelos livros e cadernos de receitas: remexer nos de minha mãe que, muito caprichosa, colava lindas ilustrações para os quitutes ali anotados, me dava um prazer enorme e aguçava ainda mais minha vontade de um dia fazer o meu.

Cresci e a vontade cresceu comigo e deu frutos. Fiz meus próprios cadernos de receitas, em cadernos de capa dura, devidamente separados em "Salgados" e "Doces", e passei a pilotar minha própria cozinha, depois de casada.

Sempre gostei, também, de trocar receitas com as amigas, e foi uma delas, digitadora de uma firma onde eu trabalhava como revisora, e também amante da culinária e dos meus experimentos, quem teve a idéia de passar minhas receitas para o computador, segundo ela para, quem sabe, escrevermos um livro para publicar nossas receitas. A idéia do livro não vingou, claro, mas minhas receitas passaram para disquetes e, depois, para o HD do meu primeiro computador. Amante e curiosa da informática e da internet, de lá pra cá, passei a informatizar minha vida culinária de forma a organizar melhor as pencas de receitas por mim colecionadas.

Hoje, cozinhar, é um dos meus grandes prazeres, bem como bisbilhotar o mundo da gastronomia (que hoje, graças a internet, bate à nossa porta), anotando e organizando as dicas e experiências dos que, como eu, amam essa arte.

Há alguns meses - acho que no final de 2006, pra ser mais exata - descobri o maravilhoso mundo dos blogs culinários, a partir do Chucrute com Salsicha da Fer. Leio o Fezoca's Blurbs há bastante tempo, mas não sabia do Chucrute (não me perguntem como!) e foi a partir de lá que, aos poucos, fui conhecendo outros blogs de culinária que formam um delicioso mosaico e a quem batizei, carinhosamente, nos meus "favoritos" de "Todo Santo Dia". Dessa minha peregrinação diária para a vontade de fazer o meu próprio blog foi um pulo. Só que junto com a vontade, há também o medão de não dar conta, de não saber fazer, etc etc etc. Colocá-lo no ar só aconteceu por um empurrão da Fer, que carinhosamente me linkou no Chucrute, quando soube por email que eu estava "rabiscando" alguma coisa no gênero.

E, então, é isso: está aberto, oficialmente, o Brigadeiro de Colher, um espaço para registrar minhas aventuras culinárias e onde espero trocar muitas experiências, culinárias ou não, com outras "donas-de-cozinha". Afinal, como tudo na vida, é compartilhando que a gente chega lá!

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Brusqueta



Uma das coisas que o marido e eu adoramos é tomate, então, vira e mexe faço umas brusquetas de tira-gosto para enganar o estômago enquanto o almoço não fica pronto. Esse domingo foi dia. A brusqueta ficou especial e, acompanhada de um vinhozinho, caiu feito uma luva para ajudar a encarar mais um dia chuvoso e nevoento.

sábado, janeiro 13, 2007

Da Série Objetos do Desejo

Essa semana tivemos um pequeno contratempo aqui em casa, e meu liquidificador foi ao chão, durante a confecção de uma massa de waffle. Entre mortos e feridos - uma filha quase infartada e uma enooorrrmee sujeira pelo chão, salvaram-se todos, menos o dito-cujo. Assim sendo, estou eu sem este utilíssimo instrumento culinário. Vou ver se consigo mandar consertar, mas nem preciso dizer que já estou sonhando com um novo.

Então é isso, com vocês meu mais novo objeto do desejo: o Liquidificador Alumínio RI 2094 da Walita.

mais uma aventura no campo dos blogs...dessa vez uma aventura culinária!